sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Continuando a sequência de Operadores ao vosso dispôr:

Lurdes Kiki, a Pitazita!

É a top model com dois neurónios: um para subir na carreira (de Operadora?) na horizontal, ao enrolar-se com o supervisor-formador-qualquer-coisa-não-sei-bem-o-que-é-que-faz-aqui, outro para dominar uma bem sucedida página de internet num site de encontros escaldantes russo, sucesso esse que vem do facto de a pessoa do outro lado do skipe ficar meio zonza quando ela mostra as maminhas para a camera e também porque eles falam russo e não percebem português.

O sucesso também se deve à sua risada sexy de marca, realmente mais apropriada ao site de encontros escaldantes do que ao call center...

Tem a tendência de usar os calções da prima mais nova, que lhe deixam as nalgas à vista, opinando acerca dos valores morais da etiqueta no trabalho quando as colegas levam calções semelhantes, de fazer horas de expediente em modo freestyle, optando muitas vezes pela modalidade "hora-e-meia-de-almoço" ou "três-horas-de-jantar", saindo para a pausa/almoço sem dar cavaco, e de dar raspanetes aos colegas e de mandar bitaites quando estes viram as costas como se fosse ela a patroa.

Também conhecida como a Pitazita por ter vinte e poucos anitos e a idade mental de uma pita de 7 anos, enquanto o namorado é conhecido pelo Cota, por ter o dobro da idade dela e estar, muito provavelmente, a atravessar a p*** da crise da meia idade.


1.13

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Ó c'cum catano, pá!

- Qual é a matrícula da viatura?
- Então, é 1234BV.
- 1234, B de bola e V de Vítor?
- Não, não é nada disso! É B de Baca e V de de Voi.
- B de Braga e V de Vitória?
- Não! V de Vraga e B de Bitória!

- Vou beber café ao 6º andar, estou com anseios suicidas, já volto...


1.12

O estranho caso das prioridades desnorteadas.

A Pitazita cá do sítio, por mor de ter sido promovida a responsável do tal sistema informático que está a dar cabo dos nervos a toda a gente, queixou-se, há umas semanas, de que não podia ter o mesmo nível de chamadas que os coleguitas, e que devia mas era de ter menos doidos que aturar.

Surpreendentemente, a supervisão também achou que era boa ideia.

Vamos fazer de conta que o detalhe de um dos supervisores ser namorado dela é irrelevante.

Claro que com tanto tempo livre durante o dia, o que é que a desgraçada se entretinha a fazer?

A telefonar para a mãe, para saber se o cão tinha comido tudo e se tinha cagado bem na rua, a telefonar para os colegas do fundo da sala para meter a conversa em dia e combinar as horas do café, a dar ordens aos colegas que estavam a dar ao litro e a apontar as falhas de toda a gente e mais alguma.

Para mal dos pecados dela, veio recambiado do lado de Espanha um colega que é um bocado speedado e que tem também a mania que só ele é que sabe fazer as coisas.

Na verdade, o sistema informático de Espanha é mais rápido e funcional do que o de Portugal, o que ajuda um bocado à sanidade das pessoas.

Ora este colega teve a brilhante ideia de andar a massacrar os chefes com as estatísticas e com os níveis de serviço e com o diabo a quatro, motivo pelo qual, esta semana, fomos presenteados com um mail da supervisão com os nossos valores.

Adivinhem quem ficou em último lugar - tipo, mesmo lá no fundo - e foi correr à supervisão queixar-se que queria uma prioridade de chamadas mais alta?


1.11



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Work.... Work everywhere!

Se não disse ainda, passam a saber: o poiso onde trabalho fica numa das avenidas de Lisboa com a lojas mais caras e pipis, com montras igualmente caras, pipis, e com coisas que uma pessoa normal é incapaz de usar no seu dia-a-dia.
Ora numa das montras, por onde passo todos os dias, as bonecas estão sempre com tendências chiques, nomeadamente sandálias com meias de lã, que era uma coisa impensável nos anos 90 e que nos podia causticar a adolescência para todo o sempre mas que, se agora é moda, é moda e mai nada.
As ditas bonecas estavam sempre de pernas tapadas: com meias, vestidos compridos ou calças.
Esta semana, já andam de perna destapada, quem sabe a adivinhar a Primavera que aí vem.
O que é chato para os senhores das lojas é que as ditas bonecas têm a roupa toda fáshón, mas os joelhos todos esfolados.

Já uma pessoa não pode sair de casa sem se lembrar das colegas do trabalho, dasse!

1.10

sábado, 11 de janeiro de 2014

You got it, Operator, you really got it!

- Chéché Assistência, boa tarde, fala a marta, em que posso ajudar?
- Olhe, boa tarde, menina. Estou a falar aqui dos Reboques Pirolito. Veja-me aí este processo que o seu colega me passou: 123456.
- Sim, sim, a viatura espanhola. Então diga.
- Veja-me lá qual é a marca do carro. É que eu percebi chaimite. Nós não rebocamos chaimites.
- Chaimite? Tipo, o do Salgueiro Maia?...
- Sim, sim, disso.
.....

Era Schimtz, uma espécie qualquer de pick up, não era chaimite. Nós também já não temos chaimites a rodar por aí nas estradas...


1.9

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ah, horários, esse mistério!

Cá por estes lados, ao contrário do que nos indicaram na entrevista (e motivo pelo qual muitas pessoas assinaram o papelinho que vende a alma ao sr Demo), as coisas não são assim tão organizadas.

Quando nos dizem "Ah e tal, somos muito coordenados com esta coisa do sair para a pausa e para as horas das refeições", desconfiem. É que não são. É cada um por si, uns são mais que os outros, e quem quer fazer as coisas com harmonia e de forma lógica e imparcial, sai a perder.

Com os horários é a mesma coisa. "Ah e tal, estamos a coordenar para que seja possível calcular os horários com alguma antecedência".

Pronto, não referiram que a antecedência era sair o horário da semana seguinte na quinta ao final do dia, ou na sexta. Isto não é muito mau para o resto da empresa, que tem horário das 9h às 18h e folga ao fim de semana, mas para a escumalhazita do call center, até tem, porque nunca sabemos se na próxima semana temos fim de semana, ou folga no dia da consulta ou até mesmo um horário que nos possibilita jantar em casa com a família.

De formas que foi escusado enviarem o belo do mail a perguntar se as pessoas queriam trabalhar Natal ou Passagem de Ano para aí com 1 mês de antecedência, quando na sexta-feira anterior... horário? Que é dele?

Resposta da senhora dos Recursos Humanos à queixa dos desgraçados dos Espanhóis que não podiam comprar a viagem para ir passar o Natal a casa: "Quem tá mal, muda-se!"

(a senhora dos Recursos Humanos tem os fins de semana e os feriados, pelo que não sofre com estas preocupações no pêlo, tá!?)

Agora resolveram colocar a fazer as avaliações uma pessoa que, além de não perceber um corno do que está a fazer, ainda por cima ouve um bocado mal, o que é, digamos, um mau critério (entre os vários...) para um trabalho que consiste, basicamente, em escutar conversas telefónicas.

Uma das pérolas que a senhora descobriu, e que passou por: entrevista da empresa de trabalho temporário, entrevista na empresa com a senhora dos Recursos Humanos e a secretária nativa espanhola que anda enrolada com o Director e que levou para casa o cabaz com o nome de outra pessoa, 3 semanas de formação com um dos Supervisores E vários meses de trabalho!!, foi que NENHUM de nós tem um sorriso na voz, somos apáticos e até "secos"!

Também não será de bom tom estar a rir ao telefone quando nos liga uma senhora, aflita, com um "olhe, menina, estou aqui numa auto-estrada, está escuro e a chover, com os meus dois cães e três gatos, e o motor está a deitar fumo", ou o senhor que virou o smart de rodas para o ar na valeta...

Devo referir que as avaliações, criadas com o objectivo de motivar e premiar o esforço dos operadores, estão a ser tão bem encaminhadas que, além de não os entusiasmar assim tanto a dar ao litro e a cortar nas horas de refeição só para aquecer, também são uma excelente motivação para que estes comecem a enviar os currículos para outros lados...

Na verdade, em vez de dominar um blog com os desaires da vidinha de uma Operadora, havia era de ter um sobre "como não gerir um Call Center"! Tem mais sumo!!

1.8


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O castelo na penumbra

Sintra, Novembro de 1827. O vulto do jovem homem de cabelo loiro passou de novo, rapidamente. Desta vez, quase o conseguiu ver pelo canto do...