No ano passado, um prestador enviou uns cabazes de Natal para oferecer às pessoas com quem trabalhava mais directamente, daqueles cabazes que têm queijos e umas garrafitas e uma chouriças: um jeitoso para a chefia, outro jeitoso para o departamento de prestadores, e uns mais humildes para os médicos, enfermeiros e operadores de translados.
Ora acontece que, no ano passado, esses cabazes saíram,... mas não foram entregues, motivo pelo qual o senhor teve o cuidado de enviar com recibo de recepção E cada cabaz com uma etiqueta com o nome da pessoa a que se destinava e o andar em que estava.
Desta forma, não seria possível falhar!
Pois, pensava ele. O que é facto é que quando o senhor telefonou, todo contente, "E então, gostaram dos cabazes?"... "Mas quais cabazes?".
E tínhamos mistério!
Não durou muito, claro: uma das colegas, determinada a resolvê-lo, foi ter com o segurança: "sim, sim, chegaram umas caixas, foram levadas para a cave". Confirmaram, com o recibo, assinado com um nome de senhora, sendo que ninguém tem esse nome, cá dentro, o que era estranho.
"Ó senhor P., vamos ver as imagens da vigilância!"
E nestas imagens, infelizmente não facultadas ao youtube, lá estava um dos gajos do departamento de prestadores, uma das directoras de não sei quê... e o chefão!, gajos que já tinham recebido a sua fatia grande, e que estavam a rapinar as fatias pequenas dos outros!
Depois destas evidências, lá tiveram eles que devolver os cabazitos.
Quase todos, claro, porque já tinham oferecido dois a duas funcionárias que, vendo que o nome na caixa era de outras colegas, não se importaram de os receber, viva o espírito natalício!, sendo que os outros cabazes já estavam abertos e com vitualhas a menos...
Nesta história, os cabazes pouco importam.
O que importa é que o prestador que enviou ficava mal visto perante as pessoas com quem trabalha, quando estava a ter uma atenção simpática com elas.
O que importa foi a atitude da chefia que, com modos destes, sem necessidade, passou por palhaça...
1.6